O britânico Oliver Rowland, piloto da Nissan, viu a vitória escapar em meio a uma sucessão de falhas durante a abertura da temporada 2024-25 da Fórmula E, disputada nas ruas de São Paulo. Após liderar grande parte do E-Prix, Rowland terminou em um decepcionante 14º lugar, sem marcar pontos, apesar do forte desempenho nas etapas iniciais da corrida.
Rowland largou em segundo lugar, perdendo a pole position para o atual campeão, Pascal Wehrlein, por apenas 0,099s na classificação. Com uma excelente largada, o britânico assumiu a liderança logo na primeira curva, ultrapassando Wehrlein. Ao longo das primeiras voltas, Rowland chegou a perder temporariamente a ponta para Nick Cassidy, que fez uso do novo Modo Ataque com tração nas quatro rodas, mas recuperou a liderança com estratégias precisas.
Tudo parecia sob controle até a segunda bandeira vermelha, acionada após o abandono de Jake Dennis. Na relargada, Rowland ultrapassou Antonio Felix da Costa e abriu uma vantagem superior a três segundos, consolidando seu ritmo dominante. Contudo, uma penalidade de drive-through por excesso de potência jogou por terra suas esperanças de vitória.
"Às vezes é difícil aceitar", desabafou Rowland ao Motorsport.com. "Estávamos rápidos, eficientes e em boa forma, mas, para ser honesto, houve mais de uma falha. Se eu tivesse a quantidade certa de voltas desde o início, teria lutado pela vitória. É frustrante."
Rowland ainda mencionou que a penalidade foi influenciada por um problema semelhante ao ocorrido em Misano, na última temporada, quando uma confusão com o número de voltas o deixou sem energia na liderança na última volta.
O piloto britânico explicou que, antes da segunda bandeira vermelha, ele estava em excelente posição, com boa conservação de energia. "Durante a primeira bandeira vermelha, eu era um dos melhores em eficiência. Mas as voltas que se seguiram antes da segunda parada me prejudicaram."
Além de Rowland, outros pilotos também foram penalizados por excesso de potência, incluindo seu companheiro de equipe, Norman Nato, e os carros da McLaren, Taylor Barnard e Sam Bird. Apesar das penalidades, as estratégias de conservação de energia permitiram que Barnard e Bird terminassem em terceiro e quarto lugares, respectivamente.
"O problema está na transição da tração dianteira para a traseira, quando os motores de tração nas quatro rodas são ativados", explicou Rowland. "Na segunda largada, forcei mais na Curva 1, e foi ali que o problema apareceu."
Apesar do resultado frustrante, o desempenho de Rowland nas ruas de São Paulo mostrou que a Nissan possui ritmo competitivo para lutar por vitórias ao longo da temporada. Agora, a equipe trabalha para resolver os problemas e evitar que erros semelhantes comprometam futuras oportunidades no campeonato.
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